Maravilha Manuel Sebastião, de 19 anos, encontrou na acolhedora Andreia Amaral uma nova família. Órfã de mãe e em busca de um refúgio longe da violência doméstica em Angola, onde nasceu, Maravilha escolheu o Brasil como seu novo lar. Acolhida pela Prefeitura do Rio aos 16 anos, ela teve sua vida transformada ao entrar para o serviço Família Acolhedora da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).

Sob a proteção da família acolhedora, Maravilha teve a oportunidade de estudar, se formar em Engenharia de Materiais na UFRJ e seguir carreira como bombeira civil. Em um gesto de amor e generosidade, ela também conseguiu trazer seus dois irmãos mais novos para viverem juntos em sua nova família.

Para ampliar o serviço e oferecer novas perspectivas a mais crianças e adolescentes, a SMAS incentiva que mais pessoas se interessem em se tornar acolhedoras e se cadastrem como candidatas. A secretária municipal de Assistência Social, Martha Rocha, destaca que o cadastro para família acolhedora está aberto, aceitando diferentes configurações familiares, inclusive adultos solteiros.

Além disso, as famílias acolhedoras recebem acompanhamento por assistentes sociais e psicólogos, além de uma Bolsa Auxílio mensal para cuidar das crianças acolhidas. Atualmente, no Rio de Janeiro, existem 114 famílias cadastradas, acolhendo 106 crianças e adolescentes, conforme dados de março deste ano.

Experiências como a de Maravilha e de Alessandra Queiroz, que acolhe uma bebê de 10 meses, demonstram a importância e a transformação que o acolhimento familiar pode trazer. A generosidade desse ato de amor reflete-se na capacidade de oferecer afeto e proteção temporária a quem mais precisa.

Em comemoração ao Dia Mundial do Acolhimento Familiar, acolhedores, acolhidos e profissionais da SMAS se reuniram em uma caminhada e piquenique na Quinta da Boa Vista. A iniciativa visa celebrar e sensibilizar a sociedade sobre a importância do acolhimento familiar para a construção de um futuro mais solidário e acolhedor.