A justiça rejeitou o pedido de prisão para Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de causar a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, em um acidente de trânsito em São Paulo. A informação foi confirmada pela TV Globo.
De acordo com a defesa de Fernando, a recusa judicial teria ocorrido devido à “falta de preenchimento dos requisitos para tal prisão”, conforme uma nota enviada pelos advogados.
Na noite do último domingo, Sastre colidiu seu Porsche com o carro de Ornaldo na Avenida Salim Farah Maluf, em Tatuapé, na Zona Leste. Ele se apresentou na 30ª Delegacia de Polícia, em Tatuapé, por volta das 15h50 da última segunda-feira (1º), onde prestou depoimento e foi posteriormente liberado. A Polícia Civil o acusou de homicídio doloso, fuga do local do acidente e lesões corporais, e solicitou sua prisão, mas o pedido foi negado pela justiça paulista.
A defesa de Fernando Sastre nega que seu cliente tenha fugido do local do acidente. “Fernando não fugiu do local do acidente, pois já estava sendo prestado socorro a outras vítimas”, diz um comunicado enviado à imprensa pelo escritório de advocacia Carine Arcado Garcia Merhy Daychoum. “Fernando já estava devidamente identificado pela polícia de trânsito e foi liberado pela Polícia Militar para ser encaminhado ao hospital”, continua o texto.
Os advogados também afirmam que Fernando foi ao hospital imediatamente por medo de linchamento. “Devido ao temor fundado de sofrer linchamento, uma vez que naquele momento estava sendo alvo de um ‘linchamento virtual’, além do choque causado pelo acidente e pela notícia da morte do motorista do outro veículo, foi necessário protegê-lo”, afirma o texto.
A colisão ocorreu na madrugada de domingo, na Avenida Salim Farah Maluf, por volta das 2h. O Porsche atingiu a traseira do Renault Sandero de Ornaldo Viana. Testemunhas afirmaram à TV Globo que Fernando Sastre Filho estava dirigindo a mais de 50 km/h, a velocidade máxima permitida na via.