Expulsão de Hugo Moura prejudica o Vasco, mas equipe já enfrentava dificuldades antes do cartão vermelho
O confronto entre Athletico e Vasco iniciou com uma supremacia avassaladora dos mandantes. Desde os primeiros minutos deste domingo, na Ligga Arena em Curitiba, a equipe da casa, invicta em seu território há nove meses, ditou o ritmo da partida. Mesmo sob pressão desde o início, a situação do Vasco se complicou ainda mais aos 15 minutos do primeiro tempo, quando Hugo Moura foi expulso.
A expulsão de Hugo Moura alterou o rumo do jogo para o Vasco e mudou a estratégia de Rafael Paiva, o técnico interino do clube. Paiva optou por uma mudança tática em comparação com o jogo anterior contra o Fortaleza, abandonando o 5-2-3 em favor do retorno ao 4-3-3 das rodadas inaugurais do Brasileirão.
“Buscamos ter um controle maior do jogo com o 4-3-3. Defendendo bem, mantendo a posse de bola e buscando os ataques”, explicou o técnico do Vasco.
No entanto, antes mesmo da expulsão de Hugo Moura, o desempenho do Vasco em campo estava longe do ideal. O Athletico já havia finalizado três vezes com perigo: Canobbio chutou para fora aos dois minutos, Pablo também errou o alvo aos três, e Erick acertou a trave aos 10.
Foi em um desses raros avanços do Vasco que ocorreu o lance que mudaria o panorama do jogo. Após um rebote da defesa do Athletico, a bola caiu nos pés de Hugo Moura, sem marcação. Porém, com um toque displicente, o volante entregou a posse de bola para Zapelli. Pior ainda, ele cometeu uma falta desnecessária, mesmo estando ciente de que seria expulso se o fizesse.
Com isso, João Victor entrou em campo para reforçar a defesa, enquanto Paulo Henrique passou a atuar como meia pela direita, e um zagueiro assumiu a posição de lateral-direito. Quando o Athletico tinha a posse de bola, João Victor se juntava à linha defensiva, e Paulo Henrique se deslocava para o meio-campo.
Entre a expulsão de Hugo Moura e o gol de Erick, o Athletico Paranaense ainda acertou a trave duas vezes, com Zapelli e Pablo. Em apenas 25 minutos, mesmo com um jogador a mais, a equipe da casa demonstrou superioridade, com três chutes na trave e um gol marcado.
As estatísticas do intervalo refletiram o domínio do Athletico Paranaense no primeiro tempo: 12 finalizações para os mandantes e nenhuma para o Vasco. Os primeiros 45 minutos poderiam ter terminado com uma goleada a favor dos anfitriões.
No segundo tempo, o domínio do Athletico continuou evidente, com Zapelli acertando a trave novamente em um lance inicial.
Apesar disso, o Vasco conseguiu criar duas oportunidades de gol. A primeira foi com David, que chutou para fora, e a segunda com Paulo Henrique, que, após um passe de Vegetti, ficou cara a cara com Bento, mas acabou desperdiçando a chance.
Após essas investidas, o ímpeto do Athletico diminuiu, e o Vasco passou a ocupar mais o campo de ataque. David foi o jogador mais incisivo, tentando três dos seis chutes da equipe na segunda etapa.
A saída de Vegetti enfraqueceu o Vasco, já que ele é uma peça-chave na frente na ausência de Payet. Apesar de ter marcado um gol anulado por impedimento, Vegetti finalizou apenas uma vez. A entrada de Erick Marcus não teve o impacto desejado.
Com essa derrota, o Vasco registrou seu pior início de Brasileirão desde 2004, 2015 e 2019. A próxima partida contra o Vitória se torna crucial para o clube carioca, que precisa se recuperar após quatro derrotas consecutivas, especialmente considerando que será em São Januário, contra uma equipe que provavelmente estará lutando na parte inferior da tabela. O Vasco precisa reagir, algo que ficou longe de acontecer no último jogo em casa contra o Criciúma.