A Semana de Moda Feminina de Paris trouxe uma verdadeira celebração ao verão e às flores. As passarelas foram inundadas com uma explosão de cores e estampas florais que indicam o tom da Primavera-Verão 2025. Para Adriana Serafim Verbicario Dos Santos, consultora de moda, o uso das flores como elemento central foi predominante, cada estilista trazendo sua própria interpretação da estação.
“As flores foram usadas de maneira exuberante, criativa e, em alguns casos, de forma mais sutil, mostrando a diversidade de visões sobre o verão,” comenta Adriana. As coleções de Zomer, Cécile Bahnsen, Acne Studios e Rochas apresentaram abordagens únicas, com designs que variam do romântico ao surrealista.
Cécile Bahnsen: A Montanha e a Moda Romântica
A coleção de Cécile Bahnsen foi marcada pelo retorno ao seu estilo etéreo, cheio de rendas e transparências. A colaboração da estilista com a The North Face trouxe elementos funcionais, como tênis de trilha e casacos técnicos, misturando moda sofisticada com referências ao universo outdoor.
Adriana Serafim Verbicario Dos Santos destaca a dualidade da coleção: “Bahnsen conseguiu mesclar a leveza de suas peças com o mundo das aventuras na montanha, criando uma coleção romântica, mas ao mesmo tempo prática.” A presença de alpinistas reais no desfile, acompanhados de música ao vivo, trouxe um ar de autenticidade.
Zomer: Um Espetáculo de Cor e Criatividade
Na passarela pela segunda vez em Paris, a Zomer trouxe uma explosão de cores e flores em 3D, combinando tecidos como camurça e pele plastificada. Adriana comenta que a ousadia da marca se refletiu nos looks que desafiam o convencional, como o vestido-bouquet gigante, que rapidamente virou tema de discussão nas redes sociais.
“Zomer surpreendeu com uma estética jovem e experimental, misturando o provocador com o comercial. O uso de elementos florais aplicados em locais inusitados mostrou a capacidade da marca de inovar,” analisa Adriana.
Rochas e Acne Studios: A Elegância Discreta
Enquanto Zomer apostou em cores vibrantes, Rochas e Acne Studios seguiram uma linha mais sofisticada e discreta. Rochas, sob o comando de Alessandro Vigilante, revisitou a elegância dos anos 1925 a 1950, com alfaiataria leve e fluida, explorando cetins e rendas. Para Adriana, essa abordagem trouxe frescor à maison, sem perder a essência histórica da marca.
Já na Acne Studios, as flores foram tratadas de forma quase invisível, aparecendo em estampas distorcidas e tecidos opacos. “A Acne Studios trouxe um ar enigmático à coleção, onde as flores surgem como detalhes sutis, quase escondidos, refletindo a proposta de estranheza do designer Jonny Johansson,” explica Adriana.
