Falso professor de futebol suspeito de abuso sexual infantil era investigado por casos em Belford Roxo em 2021

Denúncias que resultaram na prisão de homem foram feitas por alunos de escola na Ilha do Governador. Segundo as investigações da Polícia Civil, suspeito costumava se infiltrar em projetos sociais para abusar de crianças, utilizando identidades falsas. Ele foi preso no Catumbi, onde trabalhava como garçom.

Um homem preso suspeito de abusar de crianças como falso professor em uma escolinha de futebol na Ilha do Governador já era investigado pelo mesmo crime em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, desde 2021. Ele foi reconhecido através de fotografias, mas a polícia civil não conseguiu encontrá-lo na época.

Ellison Rodrigues de Lima, de 39 anos, era conhecido por outro nome pelos alunos de uma escolinha de futebol de um projeto social na Zona Norte do Rio. Um aluno do projeto disse que o falso professor, conhecido apenas como Samuel, cometeu abusos contra ele.

Segundo o registro de ocorrência feito na polícia, Elisson convidou o aluno para jogar videogame em sua casa, e relatou que ele lhe deu R$ 40.

Ellison teria prometido ao aluno que, se “fechasse” com ele, teria mais dinheiro e ganharia presentes. O falso professor, segundo o relato do menor de idade, também teria passado a mão pelo corpo do aluno, incluindo suas partes íntimas. A vítima se recusou a encostar no professor.

“Esse é o modo dele atuar. Ele se voluntariou para ajudar o treinador. Ele dizia para as crianças que ele tinha como ajudar a promover, a dar uma facilidade para o menino crescer na carreira como jogador de futebol”, explicou a delegada Fernanda Catherine, da 37ª DP, responsável pela prisão em flagrante de Ellison.
A delegada ainda citou outras características de Ellison para evitar ser descoberto. “Ele pagava tudo e recebia sempre em dinheiro, e na escolinha ele era conhecido como Samuel, então ele utilizou uma documentação falsa”, pontuou.

Quando foi preso, na segunda-feira (12), Ellison carregava uma identidade com o nome de outra pessoa. Quando os policiais da 37ª DP (Ilha do Governador) viram o documento, perceberam que a foto não condizia com o rosto de Ellison. Ao ser questionado, ele deu à polícia vários outros nomes, sem revelar sua verdadeira identidade.

Finalmente, após os policiais consultarem órgãos oficiais e cruzarem informações com as da investigação de Belford Roxo, os policiais descobriram que se tratava de Ellison.

No seu celular, foram encontradas diversas fotos e vídeos de menores de idade sendo aliciadas e incentivadas a enviar fotos e vídeos de conteúdo pornográfico e de sexo explícito.

À polícia, o treinador da escolinha de futebol disse que Ellison foi demitido assim que soube das denúncias de abuso.

Caso em Belford Roxo
Em 2021, uma criança de sete anos contou à mãe que fora abusado pelo professor, conhecido como Davi Wesley. Essa mãe, que levou o caso à 54ª DP (Belford Roxo), afirmou que outras crianças teriam sofrido abusos.

No caso investigado em Belford Roxo, o nome de Ellison era outro: Davi Wesley. Ele teria cometido os abusos contra várias crianças, e foi reconhecido na delegacia, através de fotografias, como o principal suspeito.

No entanto, como a real identidade de Ellison não foi confirmada naquela época, a investigação não conseguiu prendê-lo.

Ellison foi preso nesta semana no Catumbi, no Centro do Rio, onde trabalhava atualmente como garçom.

A polícia investiga quantos menores foram abusados e se o homem fazia parte de uma rede de troca de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

 

Carlos Alves

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